01/05/2012 - Paraiba.com.br
O Secretário de Mobilidade Urbana de João Pessoa (Semob), Nilton Ferreira, comentou, em entrevista ao programa Rede Verdade da TV Arapuan, que os quase R$ 300 milhões do plano de mobilidade de João Pessoa, destinados pelo governo federal compõe 80% das propostas apresentadas pelo estado e pela prefeitura.
De acordo com Ferreira, o plano vai dar uma ‘modificada radical’ no sistema de transporte público de João Pessoa. Ele comentou que vai haver um trabalho pesado nos quatro principais corredores da cidade que são Cruz das Armas, Pedro II, 2 de Fevereiro e Epitácio Pessoa.
O secretário reclamou que o plano aprovado ontem era para ter sido iniciado em 31 de julho do ano passado. Ele explicou que os próximos passos são assinar o convênio com o governo federal e depois disso mais oito meses para apresentar os projetos licitáveis e depois perde-se algum tempo com as empresas que perderam a concorrência que entram com recursos. Só então começam as obras.
Ferreira alertou para o transtorno que a população deve passar. “Não é uma obrazinha, vamos modificar a Epitácio e Cruz das Armas inteira. Vamos ter pontos de estrangulamento, mas é uma coisa transitória que vai preparar a cidade para os próximos 20 anos”, conta.
O secretário anunciou a construção de quatro grandes terminais. Três nas extremidades desses corredores por volta do viaduto de Oitizeiro, Almeidão e Cehape e um grande terminal de integração na área central que vai abrigar não só as linhas da Capital, mas também as intermunicipais integrando com o sistema que o governo está propondo para a modernização do sistema ferroviário.
Ferreira explicou que a concepção dos projetos foi paralela, mas que a defesa foi unificada, e que ele mesmo apresentou os planos. A prefeitura e governo do estado estavam juntos apresentando uma solução.
O secretário apontou que a população que vive na Grande João Pessoa não faz distinção entre as cidades, já que estudam e trabalham intermunicipalmente ‘como uma cidade só’.
De acordo com o secretário, João Pessoa foi a cidade que mais foi contemplada com recursos do PAC Mobilidade.
VLT e BRT
Ferreira comentou que a implantação do Veículo Leve sob Trilhos (VLT) é uma espécie de metro só que com a capacidade reduzida. “Já temos um o sistema ferroviário e toda a estrutura da CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) onde serão tirados dos trilhos os trens velhos e será implantado um sistema novo e moderno, além de facilitar o acesso com a construção de dois viadutos um em Jacaré e outro em Renascer para promover a comunicação de Intermares e Bessa.
Já o BRT (Bus Rapid Transit) que opera com ônibus, mas segundo o secretário, imita a operação do metrô. Ele comentou que vai ser construído um terminal de 30mil m² e que só circularão ônibus de grande capacidade, articulados e bi-articulados com faixas exclusivas e semáforos que abrem quando eles se aproximam. “Vão todos sair juntos, parar juntos, operar com se fosse um metrô”, diz. Para o secretário o VLT teria um custo caríssimo, pois teria de ser implementado do zero, mas com o BRT tem condições de cobrir toda a cidade e poder chegar à capacidade de um metrô.
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