terça-feira, 25 de agosto de 2015

Governo da Bahia adia licitação do VLT

25/08/2015 - A Tarde - BA

Anunciado para o dia 14 deste mês, o lançamento do edital de licitação para as obras do VLT foi adiado. Segundo a assessoria de comunicação da Casa Civil do Estado,  foi preciso fazer alguns ajustes técnicos e, por isso, o prazo foi estendido.

Em entrevista ao A TARDE no início do mês, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, disse que, após a licitação, as obras iniciariam em cerca de 90 dias.

O projeto prevê a reforma e construção da linha permanente, das paradas, implantação dos sistemas de eletricidade e comunicação e a urbanização da faixa de domínio (margem do trajeto).

O percurso será ampliado - passará a ser entre o Comércio e a Av. São Luís, em Paripe - de 13,5 km para 18,4 km e, posteriormente, para 19,9 km, quando o veículo for até a Estação da Lapa.

Segundo Dauster, na área limítrofe do sistema serão construídas calçadas e vias para ciclistas. As estações também serão reformadas e os prédios serão utilizados para a oferta de serviços à população.

O coordenador de Operações da CTB, Al Mello, adiantou que existe o projeto de implantar um Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) na estação da Calçada. "Com isso, fazemos a chamada solução 'não transporte'. O cidadão não precisará mais se deslocar para o centro da cidade para fazer documentos", diz.

Controvérsia

O coordenador-geral do movimento Ver de Trem, Gilson Vieira, contesta a forma como o projeto do VLT foi executado. "Esta reforma poderia ser feita de forma sustentável e paulatina, sem que fosse preciso parar o sistema", disse.

Ele lembrou que o atual passou por reforma recentemente, em 2012, e que a manutenção deveria ter sido melhor aproveitada. Gilson diz que  está agendando uma audiência  com a Defensoria Pública do Estado para discutir o caso, no dia 1º de outubro.

O coordenador da ONG também relatou que o projeto do governo não  dialoga com o do Ministério dos Transportes, que pretende estender a ferrovia para Conceição da Feira e Alagoinhas futuramente.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Recursos do PAC atrasam e sistema do VLT de JP só deve ficar pronto em 2017

23/08/2015 - Diário de Araruna 

O processo de troca das atuais locomotivas para a utilização do sistema dos VLTs vai sofrer atraso em João Pessoa. Previsto para receber a terceira locomotiva antes do fim do primeiro semestre deste ano, mas que não foi entregue até este mês, o sistema do VLT na Capital deve ficar pronto apenas em 2017, por conta de atrasos no repasse de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a empresa responsável pela construção e montagem dos equipamentos. O Ministério das Cidades não deu explicações.

Segundo a assessoria de comunicação da Companhia Brasileira de Trens Urbanos em João Pessoa (CBTU), até agosto deste ano, a fabricante e montadora das composições entregou dois VLTs, sendo que um está funcionando normalmente e outro vem passando por manutenção, após ter descarrilado por conta de lixo em um dos pontos de tráfego na Capital.

A terceira composição do VLT, que deveria ter sido entregue até junho, está sendo montada e deve chegar à Capital até o fim do ano. A previsão é de que ao menos três composições estejam em operação até dezembro.

"A terceira [composição] já está sendo fabricada pela empresa e ainda este ano vamos recebe -lá. A previsão é de que em 2016 e 2017 cheguem às demais, somando um total de oito composições na frota", disse a assessoria de comunicação da CBTU.

Questionada sobre os motivos do atraso na entrega das composições, a CBTU informou que os recursos do PAC não estão sendo repassados no período inicialmente previsto, ocasionando a demora. "O motivo para o atraso é o problema do repasse financeiro de verbas do PAC", informou.

O Ministério das Cidades, que gere o PAC, informou ao Portal Correio que a CBTU no Rio de Janeiro seria a responsável pelo processo de aquisição e repasse de recursos dos VLTs de João Pessoa e não deu explicações sobre atrasos nos repasses. A CBTU no Rio de Janeiro também não enviou resposta.

Lixo atrapalha e deixa VLT inoperante

Aliado ao atraso de entrega dos VLTs, desde fevereiro deste ano, período em que o VLT iniciou a operação, as composições tiveram, ao menos, três problemas relacionados com o lixo jogado nos trilhos.

De acordo com a CBTU, o problema é recorrente e a população deve evitar jogar lixo nos trilhos para que a circulação dos VLTs não sofra interrupções. A Companhia também explicou que não pode manter os VLTs novos parados até que todo o sistema seja reformado e modernizado.

"Uma vez iniciado o serviço, ele tem que se manter em operação sob o risco de degradação do material rodante [caso exista interrupção na circulação do VLT]. Não podemos deixar o VLT parado", disse a CBTU.

Novas estações e trilhos devem ser implantados

Para melhorar os serviços do VLT, a Grande João Pessoa deve ganhar, até o fim de 2016, duas novas estações de passageiros e novos cruzamentos de linha férrea, que devem facilitar e promover a circulação de mais VLTs ao mesmo tempo.

"Os projetos das estações e da via permanente já estão sendo elaborados pelas empresas e serão finalizados ainda este ano. O procedimento licitatório será no início de 2016 e depois [a obra] será executada. A falta de cruzamento será resolvida com a construção dos desvios (estações ilhas)", contou a CBTU.

Os VLTs adquiridos pela CBTU para João Pessoa são do modelo Mobile 3, composto por duas cabinas computadorizadas, motorização a diesel, tração diesel-hidráulica, bidirecional, ar condicionado, acessibilidade para deficientes físicos, passagem entre os carros, sistema de comunicação interna digital. 

Cada composição do VLT da Capital comporta até 600 passageiros por viagem.

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Reunião discute reativação do modal ferroviário que irá beneficiar Campina

12/08/2015 - O Nordeste 

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Por iniciativa do prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, os gestores dos principais municípios do Estado estão se mobilizando estrategicamente para reativar o modal ferroviário de cargas e passageiros da Paraíba.

E foi com a intenção de discutir parcerias, e traçar estratégias do ponto de vista institucional e político, que representantes de Sousa, Campina Grande e João Pessoa se reuniram na manhã desta segunda-feira, 10, na sede da Companhia Docas, em Cabedelo, na oportunidade representada pelo prefeito Leto Viana e o secretário Hugo Braga.

Os secretários André Agra (Obras), Marcos Procópio (executivo do Desenvolvimento Econômico) e o auxiliar Dunga Júnior representaram o prefeito Romero Rodrigues no encontro, que também contou com a participação de representantes da Anvisa e CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos), do prefeito de Sousa, André Gadelha, acompanhado do vereador Cacá Gadelha, além do secretário adjunto de Planejamento da capital, José Rivaldo Lopes, e do presidente da Docas, Lucélio Cartaxo.

"Essa foi a terceira reunião formal para tratar desse importante assunto, um tema de Estado. Tecnicamente, sabemos que o investimento é alto, por isso estamos contando também com a participação da iniciativa privada no encontro. Os representantes de Cajazeiras e Patos também estão sendo convocados e novas reuniões vão acontecer", disse o secretário André Agra.

Para o prefeito Romero, que iniciou a mobilização dos prefeitos e recentemente adiantou contatos sobre a pauta com o ministro dos Transportes Antonio Carlos Rodrigues, a reativação do modal ferroviário deve agregar valor ao Complexo Aluízio Campos, onde estão sendo instalados empreendimentos do comércio, indústria, ciência, tecnologia e empresas do setor de logística.

A próxima reunião está prevista para acontecer em setembro, quando o grupo deve visitar o Aluízio Campos.
PMCG

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

VLT vai substituir trens do subúrbio e terá 21 paradas; licitação será lançada

07/08/2015 - G1 Bahia

Os trens que ligam os bairros do Subúrbio Ferroviário à Calçada, em Salvador, irão dar lugar ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Em entrevista ao G1, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, antecipou que a autorização de licitação das obras será assinada em 14 de agosto, com aporte de verbas estimado em R$ 1,1 bilhão. Conforme o secretário, diante da crise na economia nacional, o valor será dividido pela metade entre os governos estadual e federal. "Com a crise fiscal, corria o risco de atraso se o estado não assumisse", disse. A presidente Dilma Rousseff foi convidada para participar da cerimônia de publicação do edital de licitação, mas a Casa Civil ainda aguarda resposta do Planalto.

Atualmente, os trens de Salvador ligam o bairro de Paripe à Calçada, num percurso de 13,6 km. Com o novo modal de transporte, o sistema será ampliado e se estenderá entre São Luiz de Paripe e o bairro Comércio. São 4,9 km a mais de trilhos, que, integrados aos existentes, farão o VLT percorrer um total de 18,5 km.

Dauster detalhou que o projeto será dividido em duas etapas. A primeira delas ocorre entre os bairros do Comércio e de Plataforma (9,4 Km) e a segunda entre Plataforma e São Luiz de Paripe (9,1 Km). A previsão do governo é a de que ambas as fases estejam em operação no segundo semestre de 2017. Diferentemente do atual sistema que liga o subúrbio à Calçada, o VLT é composto por trens mais leves, menos poluentes e com um maior roteiro de paradas.

Sistema de paradas

O secretário da Casa Civil explicou que as atuais 10 estações serão desativadas e reaproveitadas na prestação de serviços aos moradores. "Os prédios das estações terão outros usos. Poderá ser um posto da PM, centro de atendimento ao cidadão", exemplificou.

Dauster informou que a desativação dos prédios é necessária por conta do perfil do novo modal. "O trem [do VLT] irá andar no chão, como se fosse ônibus. Você agora vai ter paradas e não estações", afirmou. O secretário antecipou que a previsão é de que o VLT tenha 21 paradas. "Podem ser muitas. A depender das necessidades, criaremos novas", disse.

Na primeira etapa das intervenções, entre Comércio e Plataforma, o secretário da Casa Civil apontou a criação de quatro novas paradas, além das estações já existentes: São Joaquim, Porto, Avenida da França e Comércio. Na segunda etapa, estão previstas novas paradas na Baixa do Fiscal, Viaduto Suburbana, União, São João e São Luiz de Paripe.

Perspectivas

O estado estima que, diante das intervenções, a média diária de público que utiliza o transporte sobre trilho suba de 15 mil para 150 mil. Embora ainda sem licitação, o estado espera que o VLT se estenda do Comércio para a Lapa.

Bruno Dauster afirmou que o novo VLT irá funcionar de forma interligada aos demais modais de transporte da capital.

Conforme o projeto, por meio do VLT, os usuários terão acesso às Linhas 1 e 2 do metrô e a dois roteiros de BRT (Transporte Rápido por Ônibus), todas com obras de conclusão previstas para 2017. "Logo que estiver operando, estará tudo integrado. Isso vai significar uma revolução na geografia de transporte", avaliou.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Edital do VLT de Salvador será lançado em agosto

31/07/2015 -  Governo da Bahia

O edital de licitação para a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que vai ligar o Subúrbio Ferroviário de Salvador ao bairro do Comércio, será publicado no mês de agosto e beneficiará mais de 1,5 milhão de pessoas. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (31) pelo secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, durante evento, em que foram apresentados os detalhes do projeto de construção do equipamento a representantes das empresas, realizado no Hotel São Salvador. 

O presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), Eduardo Copello, também participou do encontro, acompanhado de equipe técnica da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado (Sedur) e da CTB. O encontro permitiu ao empresariado tirar dúvidas sobre o projeto. O VLT, que vai substituir o atual Trem do Subúrbio, terá 18,5 quilômetros de extensão e 21 estações. A licitação prevê intervenções em duas fases - a primeira, entre o Comércio e Plataforma, com 9,4 quilômetros, e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com nove quilômetros. O investimento está orçado em R$ 1,1 bilhão. 

Conforto e segurança 

Bruno Dauster destacou que o VLT faz parte do conjunto de intervenções que o governo estadual vem realizando pela melhoria da mobilidade urbana de Salvador. "Estamos investindo pesado na construção de transportes públicos de massa sobre trilhos, como o metrô e o VLT, que se conectam em alguns pontos. A ideia é prever ainda a integração tarifária com metrô e ônibus. Nosso compromisso é dar aos soteropolitanos a mobilidade urbana que merecem, com celeridade, conforto e segurança. Futuramente vamos expandir o projeto e implantar o VLT metropolitano, integrado a cidades do entorno, como Simões Filho e Candeias". 

As atuais estações serão demolidas para dar lugar a novas estruturas mais simples, modernas e dentro das normas internacionais de acessibilidade. "Esse VLT vai trazer uma grande melhoria na estrutura de transporte do Subúrbio, Cidade Baixa e região do Comércio. Será um sistema que dará conforto e segurança, além de reduzir o tempo de viagem dos usuários", disse Eduardo Copello.