terça-feira, 19 de abril de 2011

VLT ou BRT, eis a questão!

19/04/2011 - Revista Ferroviaria

ARTIGO
*Ivan Durão, economista

Salvador vive um momento histórico com a possibilidade de resolver um dos mais crônicos problemas de mobilidade urbana da cidade, utilizando-se das verbas destinadas a preparar a cidade para a Copa do Mundo de 2014, o transporte público de passageiros, o mais deficiente dentre as principais capitais brasileiras. Aliás, Salvador é pródiga em desperdiçar oportunidades. Ao longo do tempo tivemos bem próximos de resolver, de forma estrutural e definitiva, o Sistema. Vale lembrar que já tivemos ônibus elétricos eficientes atendendo a  todos os bairros da Cidade Baixa e linhas de bondes, corredores naturais para implantação de um moderno sistema de VLT, além de obras importantes para a cidade, tais como as avenidas de vale, implantadas a partir de estudos do EPUCS, fechamento e cobertura dos canais de algumas avenidas de vale que deveriam ser utilizadas inicialmente para circulação de ônibus em corredores exclusivos e, posteriormente, como vias para equipamentos de maior capacidade, como metrô ou VLT, por exemplo.

É do conhecimento de todos a importância econômica que o setor de transporte de passageiros por ônibus exerce na cidade e sua influência em discussões sobre esse assunto, até porque, cerca-se sempre de técnicos qualificados para defender seus legítimos interesses. Ocorre que interesses privados, nem sempre se confunde com interesses coletivos, já que não é seu papel, necessariamente, defendê-los. Porém, o poder público tem obrigação de atuar em busca de soluções que permitam maximizar a apropriação pública dos investimentos em infraestrutura.

No caso particular, sabemos que Salvador cresce aceleradamente em direção aos municípios vizinhos Lauro de Freitas e Simões Filho, caracterizando-se um forte processo de conurbação urbana, devendo-se ainda considerar o município de Camaçari, com forte participação populacional e econômica na RMS, motivo pelo qual a integração de qualquer sistema de transporte a ser implantado não pode desconsiderar essa interrelação nos movimentos de origem e destino dos deslocamentos metropolitanos.

Ao longo dos anos, vários (e bons) estudos foram elaborados sobre esse tema, principalmente através da CONDER, que, no final da década de 70 e início da década de 80 estudou e formulou excelentes propostas para o setor, com uma concepção, já àquela época, que contemplava o necessário caráter metropolitano para o Sistema. Porém, infelizmente, apesar de muito esforço e de muitos recursos despendidos ao longo dos anos, continuamos dependente de um modelo anacrônico, ineficiente e impróprio para as necessidades dos usuários, que são diretamente mais penalizados, apesar de não serem os únicos, já que todos sofrem com o excesso de ônibus nas vias, em linhas, de desejos duvidosos, talvez explicados se for levado em consideração o modelo de remuneração do sistema, com forte participação da quilometragem rodada. Aliás, a questão da remuneração do serviço e do modelo tarifário passa ao largo das preocupações dos gestores públicos, haja vista a pretensão de incluir o metrô no sistema de tarifa única, com recursos do FUNDETRANS, insuficientes para remunerar a diferença entre tarifa preço e o custo por passageiro do modal ônibus. A inserção neste “Fundo” de um modal de custo operacional mais elevado desequilibraria definitivamente o modelo de compensação tarifária vigente. Vale salientar que em todas as cidades do mundo onde existem sistemas de transporte de alta capacidade, as tarifas são subsidiadas já que, o benefício econômico para as cidades é superior ao custo financeiro do subsídio.

Aspectos importantes nessa questão, como a municipalização do sistema ferroviário, que só se vê na Bahia, e do modelo de operação do próprio pretenso metrô pelo município, também modelo só visto na Bahia, demonstram o descaso com o assunto, já que, aspectos primários são desconsiderados quando da formulação dessas propostas, que, via de regra, são elaboradas com visão pontual, de interesses políticos eleitoreiros de resultados duvidosos, ou para atender vaidades pessoais do tipo “fui eu que fiz”, as quais, no médio ou longo prazo levam a problemas para esses gestores através dos órgãos fiscalizadores da aplicação de recursos.

Temos uma nova oportunidade, talvez a derradeira nessa guerra por escassos recursos públicos para investimentos em infraestrutura de transporte em nosso Estado, e, desperdiçá-la para atender interesses menores, de quem quer que sejam, será um erro histórico que deverá marcar os gestores do momento para o resto da vida. A desculpa de prazo ou de valor de investimento comparando-se esse ou aquele modal reveste-se como pano de fundo para justificar a decisão, que se não houver responsabilidade e compromisso, mais uma vez, não será a melhor para os soteropolitanos. Já assistimos a esse filme em outros momentos e todos sofrem com os equívocos das decisões do passado. Vamos lutar pelo VLT, utilizando como preconizado, o canteiro central da Avenida Paralela. Não foi para postos de combustíveis que o canteiro central foi concebido. Já basta o absurdo que foi feito com a via exclusiva do corredor da Av. Bonocô, que foi desprezado e construído uma via elevada, sem nenhuma justificativa técnica convincente. Não é possível que na Bahia o absurdo continue a prevalecer sempre.

Portanto, entendo que temos que considerar a intermodalidade sim, até porque o modal ônibus é imprescindível para alimentar o sistema de maior capacidade, atingindo regiões com características exclusivas para esse tipo de equipamento. O trem suburbano precisa ser modernizado e sua operação ampliada até Camaçari, passando por Simões Filho e o VLT tem que ter sua operação concebida até Lauro de Freitas, com todos os sistemas integrando-se e com construção de estações de passageiros, com transbordos em locais bem definidos e com estacionamentos bem dimensionados para automóveis, de forma a permitir que os usuários de veículos particulares possam migrar para o Sistema, permitindo desafogar o caótico trânsito da cidade. Aliado a tudo isso, torna-se necessário investimentos de custos relativamente baixos, para eliminar cruzamentos e semáforos para pedestres em avenidas de grande fluxo, sejam nos vales ou nas avenidas estruturais existentes em alguns bairros de cumeada. É importante incluir no escopo de intervenções obras de engenharia de tráfego que levem em conta a eliminação de gargalos que dificultam a circulação de veículos em pontos largamente conhecidos por todos, que não cito para não me alongar demais, porém todos bem identificados.

Essas são algumas questões que coloco como contribuição para a reflexão de todos, como cidadão dessa cidade e como técnico que participou de muitos dos estudos e projetos elaborados, e que, nesse momento percebe uma nova oportunidade para solução dos problemas relacionados ao tema e entendendo que as discussões não assumem a dimensão técnica que deveriam assumir, girando em torno de questões que visam atender interesses menores. Reduzir a discussão apenas à imposição de um modal (o BRT) que foi eficiente em outras cidades há mais de dez anos atrás, e que, nessas cidades já estão sendo repensados e sendo estudadas alternativas de substituição, seria o mesmo que retroceder no tempo, levando Salvador, mais uma vez, a perder o “bonde da história”.

O poder público precisa decidir em favor da cidade e de seus habitantes, encontrando formas de equacionar as questões financeiras, agilizar a emissão de licenças ambientais, dos processos licitatórios que, necessariamente, deverão ser mais flexibilizados, e, dessa forma, implantar um sistema que, de fato, resolva definitivamente a questão da mobilidade em nossa cidade, ou seja, levar o metrô até Cajazeiras, levar o trem metropolitano até Camaçari, implantar o VLT nos principais corredores estruturais e modelar um eficiente conjunto de linhas alimentadoras por ônibus, que consolide o Sistema, através de uma total integração operacional e tarifária. Todo esse sistema, para funcionar, necessita de ser federalizado, já que nem os municípios da RMS, nem o governo do Estado têm condição de bancar o necessário subsídio tarifário, compensado através dos benefícios econômicos que serão gerados e apropriados pelo conjunto da sociedade.

domingo, 17 de abril de 2011

Mobilidade da Copa: Salvador ainda não sabe qual modelo adotar

15/04/11 - Portal 2014, Karlo Dias

Com nove meses de atraso, capital baiana ainda não se decidiu por BRT ou VLT

Confusa como o trânsito da cidade, Salvador ainda não sabe que modelo será adotado para resolver os problemas de mobilidade e adequar a cidade para a Copa do Mundo e a Olimpíada.

Ampliação do metrô, instalação do sistema BRT (Bus Rapid Transit), ou criação de um novo sistema, no formato VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), estão na pauta das dez empresas que se credenciaram para participar do Processo de Manifestação de Interesse (PMI) lançado recentemente pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur) (Conheça quais são as empresas).

Apesar de o sistema BRT estar definido na Matriz de Responsabilidade da Copa, assinada em 13 de janeiro de 2010 pelas três esferas de governo, a proposta da PMI não deixa claro se o formato a ser seguido será mesmo o do ônibus rápido ou o do VLT, espécie de bonde moderno.

No entanto, a PMI segue paralela e complementarmente ao programa de mobilidade da Copa, já que tem recursos do Ministério das Cidades de R$ 541,8 milhões para a construção do BRT que ligará o aeroporto internacional Luis Eduardo Magalhães à Estação da Lapa, no centro da cidade. A contrapartida do governo baiano será de R$ 28,5 milhões, somando um total de R$ 570,3 milhões.

“São dois programas independentes”, diz o secretário Leonel Leal, gestor do escritório municipal da Copa em Salvador (Ecopa). “Uma coisa é o BRT, que já tem recursos alocados, e que respeitará o cronograma definido pelo Ministério do Esporte. Outra coisa é a PMI, que só vem somar a este grande programa de mobilidade da cidade.”

Francisco Ulisses, mestre em Urbanismo e chefe do setor de Planos e Projetos de Transporte da Secretaria Municipal dos Transportes e Infraestrutura de Salvador (Setin), ressalta que o projeto aprovado pelo ministério, e que já tem recursos alocados, é o BRT. Porém, não descarta a possibilidade de haver mudanças de percurso, a depender do que seja definido pela PMI.

Responsável pelas duas propostas em andamento, a superintendente de Planejamento e Gestão Territorial da Sedur, Graça Torreão, afirma que a proposta do governo da Bahia é mais ampla e deve contemplar uma integração entre o transporte público metropolitano de Salvador e o município de Lauro de Freitas.

A gestora diz que a prioridade é a construção e operação do corredor Acesso Norte, que ligará o aeroporto à Estação da Lapa, mas não define que sistema será adotado. “As empresas inscritas na PMI tem até o final de abril para apresentar os projetos preliminares, e 60 dias corridos para apresentar os projetos, estudos, levantamentos ou investigações. Aí sim será definido o modelo.”

Jeitinho

Em meio a interesses econômicos diversos, e problemas estruturais que vão desde a falta de vias até o colapso do sistema de transporte público, a tendência é que Salvador de fato siga o mesmo modelo das demais capitais brasileiras, com sistema modal integrando o BRT ao metrô. Esta é a análise feita pelo professor Elmo Felzemburg, mestre em planejamento e transporte urbano e professor da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia.

Para o especialista, o BRT é a melhor escolha, pois é o modelo que se pode construir mais rapidamente. “É a única solução para a Copa. Não vejo outra possibilidade em virtude do prazo apertado”.

No entanto, o professor ressalta “que esta não é a melhor solução para a cidade, pois um corredor apenas não vai resolver os problemas de falta de mobilidade de Salvador”.

Segundo Felzemburg, Salvador adotará um sistema com prazo de validade curto. “Falta uma proposta que siga os modelos adotados nas grandes cidades do mundo, e que contemple um formato em rede integrada. Porém, isso não dá para fazer até a Copa, e o que acontecerá em Salvador é o que chamamos de jeitinho brasileiro.”

Para ele, o ideal seria seguir o modelo de Barcelona, onde sistemas em rede integram vários modais. “Na cidade catalã existe um sistema de ônibus integrado ao metrô e ao VLT, a que se somam as ciclovias e rodovias. Isto permite que as pessoas deixem seus carros de passeio em casa e utilizem o transporte público”, explica. “O mundo inteiro deverá em breve adotar este modelo”, prevê.

Cronograma

Enquanto o modelo ideal não chega, as obras do BRT de Salvador devem iniciar em setembro próximo. Com nove meses de atraso, conforme cronograma inicial estabelecido na Matriz de Responsabilidade.

“Não podemos afirmar que existe um atraso no cronograma –os projetos estão em andamento e de acordo com os ajustes de datas sugeridos pelo Ministério do Esporte”, rebate a superintendente da Sedur.

Apesar de já ter os recursos alocados para a execução, a data para o início das obras do BRT foi adiada duas vezes. O primeiro prazo era julho de 2010 para a entrega do projeto básico e agosto do mesmo ano para o início das obras.

Este prazo foi revalidado para setembro de 2011. O ajuste do cronograma ocorreu em reunião realizada na quinta-feira passada (7), no Ministério do Esporte, para monitorar o andamento das ações previstas no cronograma da Copa.

Conforme Francisco Ulisses, da Setin, a primeira etapa foi vencida, com a entrega do projeto funcional (uma concepção geral do projeto). O projeto básico deve ser concluído até o final deste mês.

Em seguida, o projeto será encaminhado à Caixa Econômica Federal para análise e liberação de recursos. E a etapa seguinte será a licitação e o projeto executivo, que se desenvolvem simultaneamente, com perspectiva de conclusão do processo em janeiro de 2012.    

Segundo Graça Torreão, da Sedur, a previsão para entrega da obra é dezembro de 2013. A superintendente assegura que, independente do modelo adotado, este prazo será rigorosamente respeitado.

Primeira viagem do VLT em Maceió atraiu poucos usuários

11/04/11 - Tudo na Hora

Em sua primeira viagem, cerca de 100 pessoas puderam fazer o percurso gratuitamente.

O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) fez sua primeira viagem experimental na manhã desta segunda-feira (11), às 9h. O trem saiu da Estação Ferroviária, no Centro de Maceió, até o tradicional bairro de Bebedouro. Em sua primeira viagem, cerca de 100 pessoas puderam fazer o percurso gratuitamente.

Fagner dos Santos Silva, um dos primeiros passageiros, aprovou a viagem no trem. “Gostei muito desta viagem no VLT. Me senti melhor com esse trem sofisticado e moderno, que não faz barulho como o antigo”, disse ele.

De acordo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), O VLT, nesta fase experimental de 20 dias não terá custo para os passageiros. Quando o veículo entrar em operação normal as passagens continuarão custando R$ 0,50. Há um estudo nacional para que a partir de julho a passagem passe a custar R$ 1.

No início de maio, mais uma composição com três vagões deve chegar em Maceió. Segundo a CBTU, desta vez, não serão necessários novos testes.

Às 13h desta segunda-feira (11), o trem fará o mesmo percurso novamente. Depois da segunda viagem, a empresa fabricante do VLT e técnicos da CBTU se reúnem para definir ajustes no veículo e nos horários de funcionamento a partir de terça-feira (12).

Ainda não há uma data definida pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para que o VLT comece a operar de forma regular no transporte de passageiros. Também ainda não há prazo definido para que o VLT faça o percurso até Utinga, como está previsto.

Segundo a CBTU, cada composição com três vagões tem capacidade para 240 passageiros sentados e, em eventuais horários de pico, poderá transportar até 560 passageiros, incluindo os que viajarem em pé. A estimativa da estatal é que, com sua frota completa, os VLTs transportem cerca de 40 mil passageiros por dia, o que significaria uma receita diária de R$ 20 mil.

sábado, 9 de abril de 2011

Metrô de Sobral: obra começa por remodelação de linha existente

15.11.2011 - Assessoria de Imprensa do Metrô de Fortaleza
Viviane Lima ( viviane@metrofor.ce.gov.br / 85 3101.7183)

A construção do Metrô de Sobral começa pela remodelação da Linha Sul, trecho que aproveita a linha de cargas já existente. A empresa que vai executar a obra do Metrô de Sobral, Engexata Engenharia Ltda, está atualmente montando suas instalações e deve começar a obra até o fim de março. A segunda etapa da obra será o trecho da estação Grendene até a Estação Coração de Jesus e o terceiro estágio da Coração de Jesus até a Estação Cohab III, passando pelo Junco. O Metrô de Sobral terá 12,18 quilômetros de extensão e terá dois ramais.
 
A Linha Sul terá 6,4 quilômetros, com seis estações (Sinhá Saboya-Cohab II, Dom Expedito, Boulevard do Arco, Coração de Jesus, Dom José e Sumaré). A Linha Norte terá 5,7 quilômetros e cinco estações (Grendene, Junco, José Euclides, Alto da Brasília e Cohab III). Os dois ramais formam dois "us" invertidos, que se tangenciam numa estação de integração. A empresa tem 18 meses para execução das obras civis, a partir da data de assinatura da ordem de serviço, realizada no último dia 4.
 
O Metrô de Sobral será operado com cinco veículos leves sobre trilhos (VLTs) de 2 carros bidirecionais cada, com dupla cabine de comando, tração hidráulica e motorização a diesel. O sistema obedece a todas as normas de acessibilidade, com sinalização vertical e horizontal, placas táteis de sinalização para deficientes visuais e apoio para cadeirantes e idosos nos corredores, rampas e banheiros.
 
O projeto do Metrô de Sobral surgiu como uma necessidade do Governo do Estado de estruturar as cidades de médio porte do Estado do Ceará, aliando investimentos públicos à melhoria da qualidade destes municípios. Ao lado deste novo modal de transportes, vários outros investimentos estão sendo feitos na cidade, como a consolidação do polo universitário, com duas universidades públicas e várias faculdades privadas, o fortalecimento do polo industrial e, mais recentemente, a construção do Hospital Regional.
 








quarta-feira, 6 de abril de 2011

PAC viabilizará "VLT" em Natal

06/04/2011 - Tribuna do Norte

O governo do Estado conseguiu incluir o projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), espécie de metrô de superfície, na lista de projetos aprovados no PAC 2, do governo federal. O investimento será de R$130 milhões. Segundo o diretor geral do Departamento de Estradas de Rodagem e titular da Secretaria Extraordinária para Assuntos Relativos à Copa, Demétrio Torres, o dinheiro será investido no trecho que liga Extremoz a Natal. Demétrio  afirma que a ideia inicial é aproveitar os trilhos existentes, e não construir novos e acrescenta: "Vamos implantar a primeira etapa para analisar a viabilidade e pensar em implantar uma segunda, terceira, quarta etapa em Natal", disse ontem, do Rio de Janeiro, onde participava de uma reunião com a Fifa. O projeto do VLT ainda não chegou na fase executiva.

Para o professor do Departamento de Engenharia Civil da UFRN e Doutor em Engenharia de Transportes Enilson Santos, a  implantação do VLT pode se refletir num barateamento nas tarifas de ônibus à medida que os passageiros optarem pelo novo sistema de transporte. Também pode representar aumento na produtividade nas empresas. A explicação é simples.  Trabalhadores perderão menos tempo no trânsito. Apesar disso, o grande beneficiado, na visão do especialista, será o cidadão comum, que terá mais uma opção de transporte e poderá pagar tarifas mais baixas que as atuais, dependendo da política de subsídios da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), órgão federal responsável pelo transporte de passageiros.

No entanto, isso não ocorrerá num primeiro momento, segundo o professor, porque o trecho beneficiado ainda é muito pequeno. "O barateamento das tarifas de ônibus vai depender da quantidade de pessoas que deixará de circular em ônibus e optará pelo VLT. Mesmo que o VLT tire 15 mil passageiros dos ônibus, o percentual ainda será muito pequeno para provocar um barateamento nas tarifas. Ficará em torno de 3%. No entanto, daqui a alguns anos, se Natal continuar investindo no sistema ferroviário, haverá um ajuste geral no sistema de transporte público", prevê.

O superintendente da seccional potiguar da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Erli Bastos, ainda não recebeu nenhum comunicado oficial do governo do Estado quanto a utilização e provável reforma de parte do sistema ferroviário. Embora o escritório nacional da CBTU  tenha planos na mesma área, ele afirmou que a companhia não vai interferir no projeto apresentado pela governadora do estado, Rosalba Ciarlini. Apesar de não conhecer o projeto, Erli diz que "tudo que vier em termos de mobilidade urbana é importante". Um dos reflexos diretos do VLT, na opinião dele, seria a redução dos congestionamentos.

O projeto do VLT de Natal contará com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), lançado em março de 2010 pelo governo federal, que injetará na economia nacional R$ 1,59 trilhão em obras entre 2011 e 2014 e pós-2014. Os projetos do PAC 2 dividem-se em seis eixos: Energia, Água e Luz Para Todos, Comunidade Cidadã (aumento da cobertura de serviços nas cidades), Minha Casa, Minha Vida, Transportes e Cidade Melhor (voltadas para as cidades). A previsão é que R$ 958,9 bilhões sejam usados até 2014. A maior parte dos investimentos será destinado a projetos de energia com um montante total de R$ 1,092 trilhão. Habitação receberá a segunda maior cifra, com R$ 278,2 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. Na área de transportes, o PAC 2 priorizará o investimento em  rodovias. O projeto em Natal, segundo o  especialista Enilson Santos, também prevê a modernização do trecho ferroviário Extremoz/Natal, incluindo reforma e urbanização em torno das estações ferroviárias.

VLT é alternativa para aliviar trânsito em Natal

06/04/2011 - Portal 2014

Sistema pode ser primeiro passo para desafogar congestionamentos da capital potiguar

Aprovado e incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, do governo federal, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pode ser o primeiro passo para amenizar os constantes congestionamentos que assolam o trânsito de Natal, uma das 12 cidades-sedes da Copa de 2014.

Com investimentos da ordem de R$ 130 milhões, o novo sistema ferroviário vai utilizar a linha férrea já existente que liga o bairro da Ribeira, na velha Natal (cidade baixa), ao município de Extremoz, localizado na Região Metropolitana.

O VLT ou metrô de superfície, como também é conhecido, é um trem ou comboio urbano mais leve que os usados normalmente em sistemas de metrô ou de ferrovias de longo percurso.

Especialistas em engenharia de trânsito e gestores públicos de Natal e do Rio Grande do Norte concordam que o sistema ferroviário é apenas uma das alternativas para desafogar o já caótico trânsito da capital potiguar.

“O planejamento de mobilidade urbana precisa ser integrado com várias ações. O VLT é apenas uma delas”, afirma Rodrigo Cintra, secretário municipal de Esportes e da Copa do Mundo.

“O investimento em transporte coletivo, seja VLT, metrô ou ônibus, é primordial. Aliás, não vejo outra saída para o trânsito em Natal. Mas, também é preciso investir num transporte confortável e eficiente. Não adianta apenas colocar o trem na linha”, emendou Carlos Augusto Júnior, engenheiro de trânsito. 

Em entrevista ao jornal “Tribuna do Norte”, o professor Enilson Santos, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e foutor em Engenharia de Transportes, disse que a implantação do VLT pode baratear as tarifas de ônibus na cidade, na medida em que os passageiros optarem pelo novo sistema de transporte.

“O barateamento das tarifas de ônibus vai depender da quantidade de pessoas que deixará de circular em ônibus e optar pelo VLT. Mesmo que o VLT tire quinze mil passageiros dos ônibus, o percentual (3%) ainda será muito pequeno para provocar um barateamento nas tarifas. No entanto, se Natal continuar investindo no sistema ferroviário haverá um ajuste geral no sistema de transporte público.”

O diretor do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Rio Grande do Norte e secretário estadual da Copa, Demétrio Torres, adiantou que o investimento de R$ 130 milhões contempla apenas o trecho entre Natal e Extremoz, “mas nada impede que sejam feito novos investimentos e implantado novos trechos de VLT”.

“Vamos, primeiro, avaliar a viabilidade deste tipo de transporte, num trecho onde já existe linha férrea. Não será necessário construir nada, apenas aproveitar e melhorar o que já existe.”

O projeto do VLT na Região Metropolitana de Natal também prevê a modernização da ferrovia e a urbanização das estações.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Testes e ensaios finais para implantação do VLT iniciaram em Maceió

30/03/2011 - Gazetaweb - Leandro Gama

'Computadores utilizados farão leituras de como se comporta o VLT nos trilhos', diz gerente operacional da CBTU

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) iniciou, na manhã desta quarta-feira (30), os testes e ensaios finais para que o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) entre definitivamente em operação nos trechos compreendidos entre a estação Central de Maceió e a estação de Utinga Leão, em Rio Largo.

De acordo com o gerente operacional da CBTU, Mauro Nunes, as empresas que fabricaram as peças do VLT colocaram sensores e câmeras no motor, nas suspensões e nos trucks [rodas] do veículo. “Toda a parte mecânica será monitorada por softwares [programas] de última geração, logo os computadores utilizados farão leituras de como se comporta o VLT nos trilhos”, explicou.

Hoje o VLT fará três viagens da central da CBTU até a Utinga Leão para os testes mecânicos experimentais. “Até o dia 08 de abril, o veículo fará outras viagens, agora carregado com sacos de areia para fazer uma simulação de percurso com uma suposta carga de 562 pessoas” – disse Mauro Nunes.

Implantação

Segundo a CBTU, o projeto vem cumprindo todos os prazos acordados para a implantação do VLT. Várias pequenas obras que foram exigidas nas estações ferroviárias foram executadas. A previsão é de que, até dezembro deste ano, todas as oito composições estejam funcionando.

domingo, 3 de abril de 2011

VLT de Maceió começará operação em 10/04

29/03/2011 - Gazetaweb

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou para o dia 10 de abril o início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A direção da companhia estabeleceu que o VLT circulará em horários pré-determinados, até o dia 30 do próximo mês, sem nenhum custo para o usuário. A iniciativa visa criar o ambiente de confiabilidade e de conforto para a população que utiliza diariamente o meio de transporte ferroviário de passageiros.

A partir desta quarta-feira (30), a CBTU inicia os testes e ensaios finais para que o novo meio de transporte entre definitivamente em operação. A primeira viagem está marcada para as 8h30, quando técnicos da CBTU e da empresa Bom Sinal, fabricante do primeiro VLT no Brasil, irão proceder os testes de aceleração e frenagem, além de aferir a estabilidade do equipamento.

Os testes, que acontecem durante mais uma semana (a partir desta quarta-feira), servirão para avaliar a instalação de equipamentos eletrônicos e aferir a eficácia de todos os procedimentos operacionais. Esses procedimentos serão realizados diariamente no trecho compreendido entre as estações Central de Maceió e Utinga, correspondendo a toda área em operação da CBTU e, tão logo seja liberado o trecho, a empresa realizará a viagem experimental.

A Prefeitura de Maceió é parceira no projeto e vem cumprindo todos os prazos acordados para a implantação do VLT. Várias pequenas obras que foram exigidas nas estações ferroviárias foram executadas. A previsão é de que, até dezembro deste ano, todas as oito composições estejam funcionando. Cada uma delas terá três carros, com capacidade para transportar 562 passageiros.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

CBTU confirma circulação do VLT para o dia 10 deste mês

30/03/2011 - Gazeta Web

A partir desta quarta, a empresa inicia os testes e ensaios finais para que o novo meio de transporte entre definitivamente em operação 

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) confirmou para o dia 10 de abril o início da operação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). A direção da companhia estabeleceu que o VLT circulará em horários pré-determinados, até o dia 30 do próximo mês, sem nenhum custo para o usuário. A iniciativa visa criar o ambiente de confiabilidade e de conforto para a população que utiliza diariamente o meio de transporte ferroviário de passageiros.

A partir desta quarta-feira (30), a CBTU inicia os testes e ensaios finais para que o novo meio de transporte entre definitivamente em operação. A primeira viagem está marcada para as 8h30, quando técnicos da CBTU e da empresa Bom Sinal, fabricante do primeiro VLT no Brasil, irão proceder os testes de aceleração e frenagem, além de aferir a estabilidade do equipamento.

Os testes, que acontecem durante mais uma semana (a partir desta quarta-feira), servirão para avaliar a instalação de equipamentos eletrônicos e aferir a eficácia de todos os procedimentos operacionais. Esses procedimentos serão realizados diariamente no trecho compreendido entre as estações Central de Maceió e Utinga, correspondendo a toda área em operação da CBTU e, tão logo seja liberado o trecho, a empresa realizará a viagem experimental.

A Prefeitura de Maceió é parceira no projeto e vem cumprindo todos os prazos acordados para a implantação do VLT. Várias pequenas obras que foram exigidas nas estações ferroviárias foram executadas. A previsão é de que, até dezembro deste ano, todas as oito composições estejam funcionando. Cada uma delas terá três carros, com capacidade para transportar 562 passageiros. 

Mais um passo nas negociações para implantar VLT entre Jaraguá e Guaramirim   

22/03/11 - O Correio do Povo

Comitiva vai a Fortaleza esta semana para conhecer fabricante e operadora do sistema.Nesta sexta-feira, uma comitiva regional que estuda a possibilidade de implantar o sistema de transporte por meio do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) conhecerá a Bom Sinal (fabricante brasileira do equipamento) e a MetroFor (empresa que opera os carros). O destino será Fortaleza, onde os trens estão sendo construídos e o modelo já funciona parcialmente. O objetivo é colocar em prática o novo padrão de condução coletiva no perímetro urbano entre Guaramirim e Jaraguá do Sul. A ideia pauta os debates políticos das duas cidades desde setembro passado, e agora as lideranças querem ver o exemplo de perto.

A princípio, segundo o coordenador da Câmara Temática "Integração sobre Trilhos" do Pró-Jaraguá, Luiz Antônio Negri, serão analisados como funciona o transporte coletivo de trem e quanto custa a implantação do sistema. "Já temos a infraestrutura. Por isso, será preciso investir em carros e terminais". O engenheiro calcula que os equipamentos custem cerca de R$ 4 milhões, e o ideal seria adquirir pelo menos quatro veículos. "A implantação do sistema depende da iniciativa dos políticos e da aprovação dos poderes Executivo e Legislativo. Além disso, o funcionamento dos trens como transporte coletivo depende, principalmente, da conscientização pública de que o modelo é bom", afirma o especialista.

Quanto à necessidade de ter o contorno ferroviário para efetivar o modelo na região, Negri assegura que é possível colocar os veículos em circulação antes disso, desde que haja uma programação de horários da passagem do transporte de cargas (confira o andamento do processo do contorno ferroviário no box ao lado).Pelo projeto inicial, seriam utilizados 23 quilômetros de trilhos, entre Nereu Ramos, em Jaraguá, até o bairro Caixa D'água, em Guaramirim. "Cerca de 45 mil pessoas podem usar esse meio de transporte por dia, o que dá uma média de 30 mil veículos a menos nas ruas. E os usuários ainda terão a vantagem de passar por várias empresas e instituições de ensino que ficam em torno dos trilhos", defende o especialista.Também participam da comitiva o vereador jaraguaense Ademar Possamai, além dos parlamentares da cidade vizinha, Jorge Luis Feldmann, Osni Bylaardt e Osni Fortunato.

O diretor de trânsito da Prefeitura de Jaraguá, Zeca Schmitt, Maria Christina Quintaes, supervisora de controle de transporte, o secretário de Planejamento da Prefeitura de Guaramirim, Moacir José Mafra, e o diretor de cadastro técnico, Fábio Luiz Pereira, completam a equipe.

http://www.ocorreiodopovo.com.br/geral/mais-um-passo-nas-negociacoes-para-implantar-vlt-entre-jaragua-e-guaramirim-2655873.html