segunda-feira, 30 de maio de 2011

Maceió - VLT ainda precisa de mais R$ 600 mil para sair do papel

29/05/2011 - Jornal Correio do Brasil 

Dinheiro servirá para a retirada dos ambulantes da feira do passarinho que ainda é um dos motivos pelo atraso da obra.

Uma reunião ocorrida na manhã da última sexta-feira (27) entre a prefeitura de Maceió e Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) comandada pelo procurador-geral de Justiça do Estado, Eduardo Tavares, definiu que a empresa precisa aportar mais R$ 600 mil no projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para solucionar de vez o problema da transferência dos ambulantes da Feira do Passarinho.

O superintendente regional da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Marcelo Aguiar, irá à sede nacional da empresa, no Rio de Janeiro, para buscar a liberação de recursos que serão destinado à construção de barracos de alvenaria para os feirantes. Este era um dos motivos para o atraso no cronograma das obras.

Segundo o MP, é necessária a instalação de mais cem barracos na área onde funcionava a antiga Ceasa para a transferência dos comerciantes da região por onde passam os trilhos do VLT. Tavares, que coordenou a conciliação entre os representantes do município e da CBTU, que, até então, vinham trocando acusações em relação ao atraso do projeto, avaliou a reunião como produtiva.

“Foi um encontro muito positivo. Novamente ouvimos as demandas e ficamos entendendo onde está a raiz do problema. Os feirantes pretendem sair da região dos trilhos, mas só querem deixar o local com a garantia da entrega de todos os novos barracos”, afirmou o procurador-geral.

O Ministério Público Estadual quer o seguinte acordo entre as partes: a CBTU conseguiria o aporte de recursos para construção dos novos barracos e fechamento da área de trilhos com os tapumes, para evitar o retorno ou a chegada de novos feirantes e ambulantes e a Prefeitura de Maceió ficaria responsável pela transferência e manutenção do novo local de trabalho.

Enquanto isso, os feirantes, cerca de 150, passariam a comercializar seus produtos numa área próxima ao Mercado da Produção, mas num local que não prejudique o andamento das obras. Segundo o procurador-geral de Justiça, se for necessário o MP pode determinar um prazo de até 90 dias para transferência e construção das novas barracas de feira.

Tavares ressaltou ainda que, se ficar constatada a omissão do poder público, o caso pode resultar em ação de improbidade administrativa. “É inconcebível que a modernidade não chegue a Maceió por questões políticas. Os interesses políticos não podem se sobrepor aos interesses sociais. O VLT deve ser concretizado”, destacou.

Os promotores de Justiça Marco Méro (Fazenda Municipal), Alberto Fonseca (Meio Ambiente) e Edelzito Andrade (Assessoria Técnica da PGJ) acompanharam o encontro. Também estiveram na reunião o procurador-geral de Maceió, Carlos Roberto Ferreira Costa; os secretários municipais Arnóbio Cavalcanti (Trabalho), Mozart Amaral (Infraestrutura) e Márzio Delmoni (Planejamento); dirigentes e engenheiros da CBTU; representantes da Construtora Domo, contratada por licitação para executar a obra e as lideranças dos feirantes.

Um novo encontro ficou agendado para o dia 8 de junho, às 10h, no MPE

Nenhum comentário:

Postar um comentário